Nas duas últimas décadas foi possível constatar um aumento da demanda por produtos de origem florestal, sendo tal aumento atribuído a diferentes fatores como o próprio crescimento populacional, acompanhado da elevação da renda de uma parte da população e da conseqüente elevação da atividade industrial.
Essa demanda crescente por matéria prima resultou em um aumento de taxas florestais sobre florestas nativas.
No Brasil, apesar de alguns séculos de exploração não planejada, existe ainda a disponibilidade de uma expressiva superfície recoberta com florestas nativas, concentrada na região norte do país, porém na nossa região, ou seja, no estado de Minas, onde há incidência maior do cerrado, esta disponibilidade está cada vez mais escassa. Sem contar com as pressões ambientais, exigências de exploração de baixo impacto, exigências trabalhistas e até mesmo falta de infra-estrutura que dificulta a extração de matéria prima.
Diante deste cenário, os povoamentos florestais constituídos, ou os reflorestamentos, adquiriram grande importância do ponto de vista econômico, social e ambiental. Principalmente no nosso estado onde há uma alta demanda de matéria prima para fins energéticos.
Assim podemos destacar o Eucalipto que tem grande capacidade de adaptação, rapidez de crescimento, possibilidade de usos múltiplos.
Sua evolução também tem sido fantásticas, o IMA (incremento médio anual) que era de 25m³/ha ano em 1980, alcançou 40m³ em 2000, chegando a 50m³ em 2010, por sua vez, o período de rotação decaiu de oito anos (1980), para 6,5 anos (2000) e para 5,5anos (2010).
Cabe ressaltar que estes números se deram por melhoramentos nos matérias genéticos que temos hoje, os clones foram muito importantes para chegarmos nessa evolução.
Outro aspecto relevante é o famoso “apagão florestal”, mesmo o Brasil tendo segundo maior patrimônio florestal do planeta, nos últimos anos importamos milhares de metros cúbicos de madeira de países da América Latina, apesar dos alertas que estudos e especialistas vem anunciando a respeito deste apagão, pouca coisa tem sido feita em relação a políticas públicas para o nosso setor, uma boa fatia das formações de povoamentos florestais atuais foram feitos com investimento e recursos próprios.